terça-feira, 23 de dezembro de 2014

JORNALISTA ESPORTIVO, UM PROFISSIONAL INDIVIDUALISTA, VIA DE REGRA, DESPROVIDO DE SENTIMENTO DE CLASSE, QUE NÃO SE RESPEITA E NÃO SE FAZ RESPEITAR!


Você já ouviu falar na Lei de Gerson? Pelo sim, pelo não, conto!

 

Gerson, o canhotinha de ouro, campeoníssimo, na década de 70 o maior nome do futebol brasileiro depois de Pelé, foi contratado, à época, pela J.Reynolds para lançar e divulgar uma marca de cigarros denominada Vila Rica.

Naquele tempo era permitida a veiculação desse tipo de propaganda, deletéria à saúde, porque as leis antitabagismo ainda não haviam sido promulgadas.

A população, indefesa, era bombardeada pela publicidade de cigarro e bebida, cujos anúncios eram produzidos de forma a direcionar os consumidores a acreditar que ganhavam “status” por fumar ou beber.  

 No caso dos cigarros Vila Rica, o "target" da campanha era o povão ligado ao futebol, instado a consumir  uma marca popular de cigarros, popular, de baixo custo.  

O mote da campanha em vídeos, áudio e impressos, eram as frases de efeito proferidas por Gérson em bom carioquês!  Para efeito de identificação na mídia escrita, eram publicadas ao lado de sua foto.

 “Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também, leve Vila Rica!".   

A imagem abaixo dominava os out-doors, os jornais e as revistas, de norte a sul, nas principais cidades brasileiras em campanha de âmbito nacional.   
 
   
















Forneço, abaixo, o link para que os mais velhos recordem  e os mais jovens, possam assistir ao comercial, exibido com insistência àquela época em todas as redes de televisão, no horário nobre que teve o condão de mexer com o Brasil. 


https://www.youtube.com/watch?v=J6brObB-3Ow

Assim que começou a rodar, o sucesso do comercial foi repentino, imediato, em razão do "it", da popularidade e da simpatia do Canhota.
 
Ao cair na boca do povo, a propaganda alavancou a marca, incentivou o uso da droga deletéria, certamente, levou ao câncer e à morte milhões de brasileiros, sendo que a sua nocividade não parou por aí!
 
O recado subliminar daquela propaganda, isto é, o que chamamos de moral da história, infelizmente, foi, por demais, nocivo ao povo brasileiro, no que respeitava à sua saúde mental, um verdadeiro arraso.
 
A expressão Lei de Gerson, às vezes denominada Síndrome de Gerson, passou a definir quadros de corrupção, desvios de conduta e de desvio de dinheiro que vieram a ocorrer depois de então.
 
Sem ter nada com nada, Gerson, um dos maiores líderes da Seleção de 70, tricampeã Mundial do México, pelo simples fato de haver gravado um comercial de mote interessante, acabou tendo, indevidamente, o seu nome associado a falcatruas, aos comportamentos desprovidos de ética e ao politicamente incorreto. Logo ele, cidadão da melhor cepa caráter e da maior categoria...
 
Nos início dos anos 80 (foi sempre assim) quando começaram a surgir sujeiras, escândalos, desvios de dinheiro público e recrudesceram as falências fraudulentas de empresas, a população começou a utilizar o termo "Lei de Gérson" para definir tudo isso.

Por sinal, nunca o Brasil viveu tão intensamente regido pelas leis de Gerson quanto nos dias de hoje, que a exemplo de outras décadas, está eivado de conchavos políticos, mensalão, lava-jato e outros escândalos!

Assim a despretensiosa expressão daquela campanha publicitária, que, segundo os seus produtores, foi criada naõ só para vender cigarro, mas para realçar a importância do cidadão comum em superar seus concorrentes, mudou, completamente de significado.

Ficou marcada, indelevelmente, no espírito de boa parte do povo brasileiro como malandragem, ladroeira e desrespeito à ética e as regras sociais como forma para a obtenção de vantagens, consagrando a idéia segundo a qual, as pessoas, só podem obter sucesso, se conseguirem “levar vantagem em tudo”.
 
Para levar vantagem em tudo, tudo é válido. Do desrespeito ao mau caratismo, à desobediência às leis morais e materiais até ao desprezo pelo direito do próximo.

Tudo, então, é possível, tudo é normal, tudo vale, sob quaisquer circunstâncias, desde que se atinja os objetivos colimados, por espúrios ou criminosos que sejam. Numa frase: os fins justificam os meios e vice versa.
 
Foi dessa forma que o Brasil passou ser regido pela “Lei de Gerson”! Afinal, quem não queria ou não quer levar vantagem em tudo?
 
Coincidentemente, Gerson foi um dos primeiros jogadores que, ao deixar os gramados, já detentor de uma fortuna considerável – não acreditem em choro de jogador antigo que fala que em seu tempo não se ganhava dinheiro – recebeu, de mãos beijadas, uma autêntica aposentadoria remunerada e passou a ser jornalista esportivo.
 
Gerson, que entre todos os invasores da profissão é o mais simpático e o mais eficiente, entrou no jornalismo esportivo sob a égide e chancela de seu pessoalíssimo amigo almirante Heleno Nunes, que, coincidentemente, tinha o seu sobrenome pelas portas da Rádio Tupi. Seriam, eles, parentes?
 
Nunes atestou ser da autoria de Gerson um artigo escrito numa revista da CBF, mesmo em período posterior ao prazo legal e final para o registro, e, ninguém sabe como e nem porque ele obteve o título de jornalista provisionado. Simples, assim!
 
Apesar do estratagema, a inscrição de Gerson foi irregular. Veio imposta, de cima para baixo, fora dos trâmites e do prazo legal.  Assim Gerson, foi o primeiro a usufruir de sua lei.
 
O que se vê, hoje, é a invasão massiva da profissão de jornalista pelas celebridades, ex jogadores ou por outros cidadãos que nada têm a ver com a profissão, mas que podem ser úteis às empresas.
 
Outro dia eu contei cerca de vinte bicões, a maioria ex-jogadores, nas transmissões da TV fechada, entre elas até a figura de um folclórico e simplório ex-técnico, ex-supervisor e empresário do futebol goiano de meu tempo, que disse na TV para o Brasil inteiro ouvir que o juiz “interviu” muito no jogo. É de lascar…
 
Fique claro que sei, perfeitamente, que a invasão à profissão de jornalista, está legal, em face da inconsequência da maioria dos ínclitos juizes do STF, aqueles que votaram pelo cancelamento da obrigatoriedade de diploma, ensejando a qualquer analfabeto funcional a exercer a profissão e obter o registro profissional. 
Nem tudo que é legal, é moral!

Mas, por que, mesmo, que  isso aconteceu?

Pela ambição daqueles que buscavam o lucro fácil, mormente os arrendatários de programas de TV,  através de gente contratada irregularmente mediante cachê, com o fito de baratear os custos, e, principalmente, de valorizar os seus eventos.

Pela pusilanimidade, egoísmo, arrogância e, sobretudo, conveniência da maioria daqueles que comandam o jornalismo esportivo e pelo orgulho que a maioria alimenta por trabalhar ao lado de celebridades e de ex-jogadores.
 
Lembro-me de que em um congresso da Abrace, tive um debate desagradável com um ex-jogador das décadas de 60 e 70 que militava na crônica esportiva paranaense, hoje comentarista esportivo.
 
Ele defendia intransigentemente a inclusão e legalização de ex-jogadores como comentaristas, insinuando que tinham mais conhecimento e preparo para a função do que os jornalistas. Um absurdo! Entre várias dezenas de companheiros presentes, só eu o contestei!
 
Não aceitei, definitivamente, as provocativas colocações, refutando, em discurso enfático como é de meu feitio, aquelas ideias, segundo as quais os postos de comentarista tinham de ser ocupados necessariamente, por um analista proveniente do futebol, não por um jornalista. 
 
Encerrei a minha fala afirmando que ex-jogadores tinham de procurar empregos pós aposentadoria, em clubes de futebol não em veículos de comunicação, pois se tratava de outro segmento.
 
Além de não ter recebido apoio, velado ou explícito, de nenhum dos colegas de profissão, soube, depois, que fui chamado por muitos de egoísta e acusado de querer aparecer. 

Hoje, ironicamente, muitos dos que me criticaram no episódio estão passando por péssima situação financeira e dificuldades de sobrevivência, todos desempregados!
 
O interessante é que o tal ex-jogador não era bicão e eu, jornalista dos velhos tempos em que não existiam faculdades específicas, não havia cursado jornalismo.
 
Aliás, por excessivos orgulho e vaidade pessoal, não obtive o diploma de jornalista e terminei a carreira como provisionado. Explico.
 
Quando surgiram as primeiras faculdades de comunicação, eu já tinha o tempo de atividade suficiente para o reconhecimento como jornalista, mas, de imediato, registrei-me como radialista! 

O registro de jornalista só veio, muito depois,  quando consegui superar as restrições de colegas invejosos obtendo registrado no MTE. 

Interessante é que aqueles que colocaram pedras, espinhos e cacos de vidro em meu caminho, são os mesmos que, recebem, hoje, servilmente, as celebridades e ex-jogadores com afagos, beijos, abraços e ramalhetes de flores!  

Nos primórdios das faculdades, nas diversas praças em que trabalhei, os professores das faculdades eram recrutados entre os radialistas e jornalistas militantes em rádio e jornal que já tinham curso superior.
 
Acontece que TODOS os caras escolhidos para professores (não conheci nenhuma exceção) ganhavam menos do que eu, tinham menos audiência do que eu, e menos status e representatividade na disputa pela audiência.
Imaturo, eu me perguntava: “ o que esses sorêtes têm a me ensinar? Eu já tenho o registro e não preciso deles, de escola e de mais de ninguém! 
 
Então, só entrei em salas de faculdade – não foi uma nem duas mas múltiplas vezes – para ministrar aulas especiais e palestras sobre jornalismo, e, principalmente sobre o veículo que me deu tudo do pouco que eu tenho, o rádio!
 
Quando debati com o pretensioso ex-jogador paranaense, procurava defender a classe, mas  não encontrei um único apoiamento entre centenas de colegas que participavam da sessão naquele. Um despropósito!
 
Na verdade, duas coisas tem se verificado quando se trata da profissão, acéfala e desprovida de lideranças: a falta de vagas e o salve-se quem puder.
 
Tudo decorrente da autossuficiência de colegas que se julgam consagrados e estabilizados em seus veículos, e que não consideram nunca, a real perspectiva de que podem perder o emprego.
 
A eles peço que meditem no caso Mauro Betting, demitido sem dó ou piedade pela Band, substituído por Netos, Denilsons, Ronaldos e outros ex-jogadores, de poucas letras e de horizontes profissionais ainda mais limitados.

Quanto desrespeito, sem que nenhuma associação ou entidade de classe faça,absolutamente, nada.
 
Dos colegas, que nada se espere! Ainda que TODOS estejam  apavorados com a perspectiva cruel de uma demissão intempestiva e sumária, ninguém, convenientemente,  reage nem no mundo dos pensamentos.

Enquanto não houver uma reação séria e contundente da classe, a espada de dâmocles penderá sobre a cabeça de cada profissional, principalmente dos comentaristas, ameaçando-os terrivelmente de desemprego e da extinção da função através de um jornalista.
 
Mas os narradores e os repórteres que se cuidem porque, a qualquer momento, tão logo surja uma chance, haverá celebridade e ex-jogadores dispostos a arrebatar-lhes os postos de trabalho. É mera questão de tempo.
 
Creiam, está bem próximo esse tempo, e, quando chegar, o desemprego no jornalismo assumirá proporções inimagináveis.
ACEESP, ACERG, AMCE, associações de classe congêneres, sndicatos e entidades de classe, já passou da hora de reagir, pois a profissão, além de ter se reduzido ao ponto mais crítico da história, está tomada por bicões e invasores os quais, jamais, permitiriam que nós, jornalistas, assumíssemos as suas funções e profissões.
 
Que radialista ou jornalista assumirá, eu digo a partir de agora, a supervisão ou o comando de um time de futebol? 

Já houve, sim, reconheço, casos isolados, poucos, que se contam nos dedos, mas, estejam certos, com a legalização dessas funções, tais os casos não se repetirão.

Assumirá, por acaso, um jornalista, a preparação física sem ter exercido o curso compatível? Mas os ex-jogadores, em contrapartida, o fazem, livre e impunemente em relação aos jornalistas.
 
A falta de vagas, atualmente, nos órgãos midiáticos que cobrem o futebol e o esporte é crônica, porque a Globo açambarcou quase todos eventos e espera, covardemente, o momento de exigir o pagamento de direitos. Quem viver, verá!

Enquanto esse dia não chega, encapsula as emissoras de rádio, proibe os repórteres dentro de campo e exige prioridade de atendimento aos seus repórteres.

Paralelamente o MTE não fiscaliza, fecha, convenientemente os olhos  e finge que não vê,  profissionais sem carteira assinada e jogadores sem registro de radialista ou jornalista, à base do eventual e do cachê trabalhando em tantas equipes de TV.

Na ânsia de faturar cada vez mais as grandes redes de TV  vão fazendo tal e qual fazem hoje as donas de casa para ludibriar a CLT contratando as faxineiras uma, ou no máximo, duas vezes por semana, arrumando, um locutor aqui, outro ali, um repórter lá, outro acolá, como se a regulamentação da profissão pressupusesse a eventualidade!
 
Infelizmente, a classe dos jornalistas esportivos, assustada, ameaçada, desmobilizada e individualista, está submetida aos poderosos e ao poder, e, pior, alinhada à lei de Gerson.
 
É necessário uma reação em cadeia, de âmbito nacional, mas, infelizmente, creio que esse é um evento impossível de acontecer em função do individualismo e da ausência de mobilização e sentimento de classe.
 
Quero, enfim, ressalvar e salvar a minoria dos militantes de nossa classe, ainda que sejam aqueles dotados, ao menos, de espírito classista  que, felizmente, ainda existem.

Ao mesmo tempo faço questão de deixar, sem ofensa, apesar da força das palavras, um alerta à maioria desavisada, ao encerrar esta postagem:

“ O JORNALISTA ESPORTIVO, HOJE EM DIA, É UM PROFISSIONAL INDIVIDUALISTA DESPROVIDO DE QUALQUER SENTIMENTO DE CLASSE, QUE NÃO SE RESPEITA E NÃO SE FAZ RESPEITAR!  

ATÉ QUANDO CONTINUARÃO COM AS LISONJAS, BAJULAÇÕES, CARÍCIAS E AFAGOS A EX-JOGADORES MILIONÁRIOS QUE ROUBAM-LHES, AGORA, O PRÓPRIO MERCADO DE TRABALHO?

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PS - Este ex-cronista, resolvido, financeiramente, na medida de suas necessidades e ambições,  não está precisando de emprego e, tampouco, tem filhos ou netos ingressando na profissão! (AD)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

VIOLÊNCIA: É PRECISO MENOS DISCURSO E MAIS AÇÃO



Os lamentáveis episódios ocorridos, recentemente, em presídios do Maranhão, são o corolário da situação caótica de insegurança pública que se arrasta no Brasil há mais de meio século, sem que deixem que ela seja resolvida.

Com certeza, devem existir interesses inconfessáveis por trás de tudo isso, que impedem uma ação profilática dos homens de bem que deveriam comandar este país, mas que, infelizmente têm as mãos e os pés atados, em razão das leis retrógradas e da distância abissal que os separa do poder!

Indo diretamente ao ponto nevrálgico da questão, lamento dizer que, em minha opinião contundentemente direta e franca, despida de qualquer modéstia, eivada de indignação e até de uma certa revolta, a causa primacial do problema, entre outras, subjacentes, é a deformação e a deturpação do espírito das leis morais que deveriam reger os chamados "direitos humanos".

Estou -eu e o povo- cansado dos Jânios de Freitas, dos Paulos Pinheiros, das Marias do Rosário e de tantos componentes da esquerda festiva, teóricos da vida, tão cheios de boas intenções mas que, na prática, contribuem, diretamente, para a deterioração e o apodrecimento da sociedade e da qualidade de vida no Brasil.

Essa gente e seguidores, a maioria, intelectualóides, ocupando cargos exponenciais nos governos e no seio da sociedade brasileira não sabe, sequer, discernir direitos e obrigações. Como podem ter seguidores? Só se forem seus iguais!

Para eles os bandidos e os transgressores da lei só tem direitos e o cidadão de bem, pagador de impostos, tem, apenas obrigações, em flagrantes controvérsia e subversão dos reais princípios que deveriam reger as relações sociais neste país.

Há, nos lamentáveis dias que vivemos hoje, como que uma flagrante inversão de valores em que o certo está errado e o errado é que está certo.

Do jeito que as coisas andam, o crime vai virar trabalho e o trabalho será crime. Já está acontecendo!

É de causar tonturas, ânsia de vômito, azedume no estômago e nó na tripa gaiteira, a ação de tantos grupos de cidadãos, tidos como de bem, ajudando, descaradamente, o desenvolvimento do crime e da violência no Brasil ainda que alguns deles, de maneira inconsciente.

Honestamente, Não estou rabiscando estas frases a fim de chegar, lá na frente, como muitos o fazem, à proposição da pena de morte para quem quer que seja!

Confesso-lhes, porém, que, às vezes, essa lamentável postura anticristã também circula em meu pensamento, diante de tanta atrocidade e de tanta covardia perpetrada contra os humanos direitos que compõem a população indefesa, cidadãos que ajudam a construir um Brasil melhor, lastreado no respeito, no bem, no bom, na dignidade e nos bons costumes, mas que, aos poucos, vai sucumbindo diante de tanta ignominia.

Assim, os valores positivos, rareiam a cada dia e parecem fadados à extinção em decorrência da proteção e da facilitação da vida daqueles que transgridem as leis e ganham a vida como profissionais da delinquência, sempre em detrimento de quem trabalha e de quem produz!

A turma dos direitos humanos deveria parar para pensar, refletir no desserviço que vem prestando ao país, reciclar o pensamento e a sua filosofia distorcida e mudar, radicalmente, a postura em face da vida.

Quando combatem a pobreza e a violência perpetrada contra inocentes, quando propugnam pela melhoria da educação e da saúde, merecem e recebem o nosso apoio e consideração, pois é com a inclusão desse povo oprimido e excluído, porém produtivo, que se constrói uma nação.

Mas quando vejo componentes desses movimentos preocupados exclusivamente com a gangrena social brasileira, a população carcerária, 90 ou mais por cento, i-r-r-e-c-u-p-e-r-á-v-e-i-s, eu fico imaginando o tamanho do buraco que nos espera!

Chega de perder tempo com discursos quando a situação dos presidiários só poderá ser amenizada com ações práticas e muito investimento de trabalho e de dinheiro! O resto é papo furado.

O governo, em vez de ter se preocupado em reformar ou edificar estádios para a Copa do Mundo, deveria ter investido pesado na construção de presídios a fim de minorar o sofrimento da população carcerária e acabar com a promiscuidade entre os presidiários, fator que, está provado, comprovado e ratificado, gera novas modalidades criminais.

Paralelamente, os deputados e senadores deveriam priorizar e agilizar a elaboração de um código criminal mais severo que pudesse dotar os nossos doutos magistrados de poderes suficientes para que os cidadãos descumpridores da lei temessem a justiça e não zombassem dela, como tem, sistematicamente, ocorrido.

Mas o futuro código criminal brasileiro hiberna, arquivado nas prateleiras do congresso correndo o risco de nascer defasado em razão da incrível velocidade da vida. Sua edição virtual só pode estar com virus porque não é acessada pela maioria dos parlamentares, há largos e longos anos!. 

Enquanto isso o pior de todos os virus, a violência contra o cidadão contra o patrimônio e contra as instituições, toma conta do Brasil e segue, implacavelmente  a sua ação destrutiva tal e qual um câncer incurável, corroendo as entranhas de uma sociedade desespérançada, complemente abandonada pelos poderes constituídos e escravizada a um sistema perverso de trabalhar para pagar impostos e sustentar vagabundos!

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domingo, 12 de janeiro de 2014

OUTRA DESFAÇATEZ DOS DONOS DE SUPERMERCADOS!


 

Causa indignação o fato de 90% de os supermercados de Belo Horizonte cobrarem as embalagens dos produtos adquiridos pelos seus consumidores. 

Estou sabendo que, lamentavelmente, na maioria dos estados brasileiros, tem ocorrido o mesmo! Viva o Brasil!

Em nome de uma suposta profilaxia planetária, os comerciantes, mormente os donos de supermercados, fazem crer que, realmente estão preocupados com o que dizem os teóricos e empíricos ecologistas a respeito da poluição dos sacos plásticos sobre a face da terra.

Ao alegar que não fornecem embalagens à freguesia -obrigação de quem vende, não de quem compra- pelo fato de uma embalagem plástica demorar acima de cem anos para ser absorvida pela camada de terra que envolve o planeta, passam, publicamente, dois atestados: um de ganância e o outro de falta de cidadania e respeito por quem os sustenta, o consumidor.

Sabiam muito bem os nazistas e praticavam uma receita infalível na segunda grande guerra, segundo a qual uma mentira, repetida muitas vezes, acaba se transformando em verdade. 

Essa informação referente ao plástico se assemelha, muitíssimo, às mentiras disseminadas por Goebells e seus asseclas, e, também, acabou se tornando uma verdade. Tem gente que acredita piamente na piada!

Quem paga por esse irritante abuso é a população, absolutamente indefesa que não tem mais para quem apelar. 

Se os sacos não são fornecidos ela tem de bancar o equilibrista e carregar a compra até sobre a cabeça, e, se são cedidos, é ela quem paga a conta, já embutida no preço das mercadorias. 

De todo o jeito, de todas as formas, de todas as maneiras, quem sempre paga tudo é o povão! As autoridades, os políticos, o MP e a própria justiça -exceção feita a alguns magistrados que têm compromissos com o cargo público que exercem e que tentam ajudar o povo-, nada fazem!

Conforme vem ocorrendo desde que a baboseira dos sacos plásticos foi lançada, o cartel dos supermercados e dos comerciantes em geral não tem respeitado, sequer, as decisões judiciais que colidem com as suas áreas de interesse e ação.

Se os sacos plásticos não deterioram rapidamente, porque não são reciclados separadamente, a exemplo do que ocorre com as embalagens das bebidas "one way"?

Leiam: 

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/08/02/internas_economia,309508/supermercados-cumprem-regra-mas-ignoram-cliente-e-nao-distribuem-sacolas.shtml

Onde estão, agora que o povo se estrepou, os indivíduos que se preocupavam tanto com a influência destrutiva dos sacos plásticos nas terras do planeta? Viraram sorvete, derreteram e sumiram depois de terem feito tanto mal à população!

Eu quero ver quando eles disserem que defecar em vasos sanitários vai infectar os rios e o mar -sei, é claro que esgoto sem tratamento causa isso- o que é que a população irá fazer!

Essa gente, via de regra, procura pelo em ovo porque ganha pelo que faz, e, pelo que se observa, ganha de todo o lado, até o nosso desabafo, a nossa perplexidade e a nossa antipatia!

Por que, antes de falar nos problemas decorrentes da utilização dos sacos plásticos, não apontaram, antes, uma solução que não implicasse em gastos à população?

Aliás, onde está a nossa justiça?

Onde estão os nossos homens públicos?

Por que nenhum deputado federal ou senador, em Brasília, se preocupa em tratar desse assunto de maneira geral e globalizada, a fim de  liquidar com essa situação de maneira definitiva?

Por que não federalizar a lei que cada estado trata de acordo com o interesse de seus governantes, e colocá-la em prática em todo o território nacional?

Por que o povo tem de ser sempre sacrificado, cabendo-lhe, exclusivamente, pagar os impostos e gastar até o que não é de sua obrigação para enriquecer comerciantes inescrupulosos?

Por que essas empresas alimentícias, a maioria de origem estrangeira, ou, no máximo, de capital misto -poucas são genuinamente nacionais- podem continuar impunemente a explorar o sofrido povo brasileiro?

Já passou da hora de federalizar-se a lei referente às embalagens das compras que, de há muito, deixou de ser um problema local e se tornou um problema de âmbito nacional?

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OBS - Há 3 anos que não abria este espaço e nem renovava a matéria deste blog. Ainda assim, a frequência de leitura do "Promotores do Povo foi espetacular. Fiquei admirado e lisonjeado com o fato e a partir de hoje, embora sem tanto tempo vou tentar, ao menos, produzir um post por semana. Obrigado a todos que leram e compartilharam de minhas idéias e conceitos sobre assuntos gerais de interesse popular. (AD, o editor)