terça-feira, 2 de novembro de 2010

VOTEI NULO E NÃO ME ARREPENDI.

Como se esperava, deu Dilma na cabeça e com ampla folga. Foi um recado direto do povo às elites, aos poderosos, ao PSDB e principalmente, a FHC a quem a história já começa a julgar implacavelmente.

O desespero sulista decorrente da eleição de Dilma apenas ratifica o que se sabe: poucos querem que muitos continuem esmagados, discriminados e esquecidos no limbo da pobreza,  do desprezo e da luta pela sobrevivência.

Na realidade, em seu desgoverno, FHC e aliados preocuparam-se muito com números, finanças e com a economia. Pouco ou quase nada com os destinos de um  povo de muitas carências e necessidades.

O maior cara-de-pau da história, FHC com quatro aposentadorias, chegou a chamar os aposentados de vagabundos. Se somos vagabundos com uma magríssima aposentadoria, o que seria ele que tem quatro?  
A vitória da desconhecida candidata Dilma , provavelmente incompetente, subserviente e submissa, imposta pela vontade de Lula, cuja maior vontade é continuar indefinidamente no poder, apenas revela a consciência atual das massas.

Se, antigamente, a falta de cultura e informação era um fator determinante do chamado "voto-tiro-no-pé", hoje a postura do povo, na maioria dos casos, é diferente. Pode-se dizer, sem medo de erro, que a minoria vota por influência de pessoas de outras ideologias como era recorrente em outras épocas.

A essa gente sofrida, pouco importa se a bolsa-família é indutora de votos, ou, em outras palavras, compra votos. O povão é grato a quem o auxilia e não se pode chamá-lo por isso de venal ou de ignorante.

Não era por acaso que se dizia no nordeste que o sertanejo, há anos, vendia o seu voto por um copo d´água em tempos nos quais as verbas destinadas ao combate à seca, paravam na mão de famílias importantes e de políticos inescrupulosos.

Mas Lula, Dilma, Zé Dirceu, PT e agregados não são santos. Que ninguém faça nenhuma prece por eles, hoje,  no dia de todos os santos. Ele não merecem.

A exemplo do PSDB o PT desmentiu os seus postulados, traiu os seus princípios e mergulhou em um processo suicida de corrupção e de assalto aos cargos públicos.

A grande diferença é que a corrupção petista é no varejo. Não vou ficar aqui enumerando o que a imprensa já divulgou amplamente, exaustivamente...

Mas que ninguém se iluda, também, com os boatos e factóides lançados pela turminha de FHC nas últimas eleições, porque eles sempre fizeram e fazem pior, se necessário.

Demonizaram Dilma e encheram a mídia de falsas informações sobre economia, política externa e controle da imprensa. O tema controle da imprensa (um absurdo que o PT quer, sim, implantar em detrimento da democracia) foi um dos motes mais usados pelo PSDB em seu trabalho de proseletismo eleitoral.

Para que se desmistifique as intenções do PSDB no que respeita ao tema, leiam e verifiquem o que fez o "democrata" Serra, contrariadíssimo por ser inquirido duramente sobre o absurdo das taxas de pedágio impunemente cobradas pelas operadoras no estado de São Paulo, sempre em parceria com o governo local.

(SIC)

O jornalista Heródoto Barbeiro "peitou" Serra e foi sumariamente demitido pela Fundação Padre Anchieta a pedido de Serra.
A denúncia é do jornalista Luis Nassif, que falou em seu blog do caso do colega de profissão, o apresentador da TV Cultura Heródoto Barbeiro, demitido subitamente após vários anos trabalhando na emissora.

O suspeito é que, pouco antes de ser demitido, Heródoto discutiu com o ex-governador e candidato a presidente, José Serra, durante gravação do programa de entrevistas Roda Viva. O assunto era a responsabilidade do ex-governador paulista nos pedágios abusivos cobrados no Estado. Quando indagado a esse respeito de forma veemente por Heródoto, Serra retrucou de forma áspera e ameaçadora, dando a entender que haveriam represálias à ousadia do repórter.

Essa não é a primeira vez que políticos do PSDB lançam ataques à democracia e à liberdade de expressão, manipulando, ameaçando e interferindo na imprensa sempre e onde lhes é possível. 

O caso da TV Cultura, emissora pública de São Paulo, é emblemático. Embora -em tese- a Cultura não esteja subordinada ao governo do Estado, é longo o histórico de interferências das gestões estaduais tucanas de Geraldo Alckmin e José Serra na Fundação Padre Anchieta, controladora do canal. 

Outra mostra do poder do PSDB sobre a emissora e da falta de escrúpulos deste partido, que insiste em ferir a liberdade de expressão ao seu bel-prazer, foi dada esta semana, quando Gabriel Priolli, diretor de jornalismo da TV Cultura, também foi demitido da emissora pública. 

Priolli, que estava no cargo há apenas uma semana, havia sido pressionado por conta de uma reportagem por ele planejada que desagradava ao poder tucano, novamente sobre a questão dos pedágios no Estado.

Diante disso tudo, como fica a condição do candidato José Serra perante a sociedade? Como um senhor que age como ditador em seu "curral eleitoral" pode ainda almejar ser o representante eleito do povo para a Presidência da República? 

Como esse senhor ainda tem coragem de acusar governos progressistas de outros países de violar os direitos humanos e de ataques à liberdade de expressão, perseguições políticas, e, enfim, violações aos direitos humanos, se esses procedimentos são a marca registrada de suas gestões em São Paulo? 

E, por último, qual o risco à democracia no Brasil caso seja eleito à Presidência um senhor como esse, autoritário, inescrupuloso e sedento por poder, ainda mais tendo grandes parcelas dos setores mais agressivos e poderosos da mídia nacional -decididamente- a seu favor.

COMO VOTAR EM DILMA?
COMO VOTAR EM SERRA?

Quando o analfabeto político Pelé disse que "o povo não sabia votar", cometeu um monumental equívoco.
O povo sabe votar, sim.
Provou isso mais uma vez e por "coerência" (deles, não minha) elegeu Dilma, candidata do PT.
O certo seria dizer, como eu sempre digo quem na verdade, "O povo não tem em quem votar".
Nunca, jamais, em tempo algum, na história da democracia brasileira tivemos candidatos tão obscuros e tão pobres de idéias.

Por isso, não perdi meu tempo. Cravei 99, como tenho feito, sem arrependimentos ou lamentações, há largos e longos 20 anos.

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